terça-feira, outubro 16, 2007

1984


Somos os filhos da falta de obstinação
E fugir não é o que queremos
Temos nas mãos a força da indignação
Mas agir não é o que fazemos

Nossa esperança já foi
Vendida para outra nação
E o que seremos depois...

Vigiados, sem poder resistir
Nem fingir, vêem tudo que fazemos
Nossas idéias, crimes de contravenção
Então, pensar, não é o que devemos

A quem defenderemos depois
De um passado sem recordação
A quem temeremos em vão, grande irmão

Quando a guerra for o motivo da paz
Desconfie de quem está por trás
E desafie aquele que te faz

Outra guerra por motivos de paz
E o medo já não nos satisfaz
Pois queremos ter um pouco mais...
Que aumento na ração.

Sonhos em vão

Sonho niilista, nossa destruição
Uma saída para contornar a situação
Mas sou realista quando olho ao meu redor
Nos destruímos nada ficou melhor

Sonho anarquista, grande revolução
Uma saída para contornar a situação
Mas sou realista quando olho ao meu redor
O egoísmo será sempre maior que a razão

O presente que foi te dado não é o futuro que seria seu
Revive os erros do passado e nem percebeu
Há tanto sonha acordado, tentando achar uma explicação
Tudo está sempre tão errado
Sem culpa seremos culpados
E os verdadeiros réus serão condenados a mais uma absolvição

Apenas um sonho em vão
Meu sonho é apenas mais um sonho em vão
Mais um na multidão sendo infeliz
Milhões de sonhos em vão
Enfraquecidos por nossa ambição
Iluminando a escuridão desse país