Corrupção 2

A falsidade é o "statu quo",
falsos libertários, falsa honestidade, falsas intenções.
Os vermes não se preocupam, e a realidade oprime
os atormentados de tal forma, que alguns se rendem.
Encontram o equilíbrio na balança vendendo seus sonhos,
e sabem que isso não justifica a escolha pela alienação.
Mas o caminho mais fácil é sempre o mais curto, e as
pessoas se corrompem...

Ideologia tão podre quanto religião
Explora falsidade e conformação
E se orgulha de caricaturas
Do que é liberdade.

Um ideal que não é mais salvação
Ou uma vingança fácil contra a opressão
Cabeças lavadas querem nos convencer
Que a realidade.
Não importa!

Vícios, prefiro não mais suportar
Meu jogo, meu dia, minha maldição
Descrevendo o futuro a meus egos inúteis!!!

A desgraça é a razão que te faz entender
Que o errado é o mais certo quando não se tem opção
Existirá um lugar para uma mente confusa?
Ou cada dose será apenas um passo a mais...
A lugar nenhum!!!

Livres narinas em busca de ar
Feridos pela própria alucinação
Sua vida não é nada mais que um estupro!!

Depois do fim

Ateou-se fogo ao último escravo vivo e humano
Desde a revolução já se conta um ano
Dia de derrota e abandono
O homem confessou o seu maior engano

Sempre se tenta entender por que não soubemos como lutar
Contra nossa própria invenção
Hoje todos choram por terem passado a vida sorrindo
Sorrindo em vão

Não cometa um crime e fale de flores
Não se prenda a filmes de inúteis amores
Enquanto o mundo contorce de dor

O tempo de aparente paz, aliás,
Carrega por trás as verdades mortais
Duras verdades mortais

Aqueles que nos prometiam maravilhas
Nos destruiram sem piedade, com covardia
Nos guiaram rumo às armadilhas
Frias, escuras, ainda sonho com a luz do dia

Depois que se perde o que tem é que se compreende
Que o doce gosto do mel não se prende aos dentes
Mas envolve a saliva formando uma longa corrente
De gozo e luz

Via errada

Quando não se encontra inspiração
E se quer escrever sobre alguma questão
O que fazer nesse caso então?
Deixar isso pra lá, pois não tem solução?

Aquele que escreve sem ter o que escrever
É o mesmo que cresce sem se desenvolver
É o mesmo que esquece sem ter o que dizer
É o mesmo que apodrece sem amadurecer

Por que comentar sobre os que não comentam nada?
Por que viajar pela via errada?
Por que questionar o porquê da parada
Se o caminho acabou, é o fim da estrada

Às vezes o melhor é falar o que ninguém quer que falemos
Às vezes é bom mostrar o que ninguém pensa que temos
OhOhOh!!!!!

Autodestruição

Por trás de um olhar que pode te inspirar muita sorte
Ocultas, existem treze marcas de automutilação
Qual é o seu segredo? por que teria medo?
Um libertário não constrói a sua propria prisao.

Autodestruição!
Autodestruição!
Autodestruição!

Deve haver algo errado em se sonhar com um mundo melhor pra se viver
Onde a maldade não seja tudo, que esperam de você...

Por trás de um olhar que pode te instigar a morte
Idéias pessimistas são uma boa forma de ocupação
Qual é o seu mistério? Por que levá-lo a sério?
A covardia te impõe uma eficaz limitação

Autodestruição!
Autodestruição!
Autodestruição!

No lugar errado, é dificil encontrar o que se procura
E perceber, é o melhor caminho pra se guiar
Sem precisar das migalhas de pão

Ah se os seus problemas são menores que os meus
Quem sabe ainda não percebeu, pois preferiu acreditar em Deus
Enquanto eu carrego sozinho o peso da minha ambição...
Da minha ambição...
Da minha ambição...

[que bosta!]

Lutamos por nada

Quantas palavras bonitas já foram cuspidas pra quem não quer escutar
Quantas saídas já foram inscritas pra quem quer assim continuar
Quanto esforço posto pra salvar a vida de quem quer se suicidar
Será mesmo necessário mostrar a medida ímpar pra quem quer o número par?

Quando se perde a esperança de que alguma mudança possa se realizar
Vê-se que a maré mansa já se foi há tanto e a tempestade está pra começar
Aquele que escreve o mundo há muito já perdeu as forças pra continuar
Será mesmo necessário lutar por um mundo que não quer por si mesmo lutar?

Se calados nunca são ouvidos, quais serão os ouvidos que querem mesmo escutar?
Talvez o silêncio seja a resposta, a saída pra recomeçar

Sejamos sensatos e nas mãos dos ingratos deixemos o mundo acabar
É tão triste ver que seres que conseguem ver não querem enxergar
Somos tantos e tão poucos nasceram com a capacidade de amar
Lutemos por nada, pois tudo logo não existirá

Guerra!

Olha a seu lado, se vê encurralado, só há obstáculos formados por corpos jogados ao chão
Alguns armados deixados de lado por sua nação
Ferido, sangrando, quase se esgotando, tentando desesperadamente achar um lugar seguro
Onde possa se salvar de algo que venha a lhe matar

Cuidado!
Olhe pro lado! Cuidado!

Será que tantos terão de morrer pra que o planeta não venha a perecer
Por sua gigante população, descontrolada procriação
é necessário a guerra, a morte, epidemias, o mundo joga contra a sorte
Sua própria evolução cria mecanismo pra sua conservação!

Até quando sobreviverá o mundo, na queda já da-se pra se ver o fundo
Imundo, profundo, acabou-se tudo!!!!!!

Todos têm de se felicitar!
Dessa agonia, todos vão despertar! Ahhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!

Sofrimento

Se você está com medo de um futuro que te assombra
A incerteza do depois que pode te pôr uma sonda
Você sabe que a beleza transitória da matéria
Pode um dia se esvair, sabe de tudo que te espera

Sua probreza de espírito te envergonha a ti mesmo
Corre contra seus instintos mas o vento o deixa vesgo
Se escorrega em pensamentos bate a face em tormentos
Uma mão a ti se estende, não razão, mas sentimentos

Pobre inseto em que vai se agarrar?
Verme podre abjeto incapaz de lutar!
Nenhum microscópio pode te achar,
Pobre inseto desaparecerá!

Machado sagrado da lei que te impõe
Miséria, incerteza, o medo, a pobreza
Não será quebrado em velhos jargões
Mas em novas certezas, novas criações

Meu espírito carrega sete mil soldados em vão!

Dejetos orais

Não quero te dizer lorotas, te iludir ou te ajudar
Não quero ser o idiota te ensinando como andar
O que fazer, o que beber só você pode decidir
Mas tenha algo a criar ou tenho algo a destruir

Aqui todos falam merda, querendo ser popstar
Exigem de nós o respeito que não conseguem ganhar
Com arrogância e prepotência admitem a insensatez
Escondendo a incompetência com palavras em inglês.

O tempo passa para todos, e é tão fácil perceber
Que, se tudo lhe parece errado, o errado pode ser você
A cópia pode até ser boa, mas a original é a que eu quero ouvir
Tenha algo a criar, tenha algo a destruir.

No próximo gente que canta, vai ser tudo mais legal
Vai se fingir de veado num cover do Sidney Magal...

Acesso incomum

Nas parábolas da vida
Nas metáforas vividas
Não existe um começo
Mas existe uma saída

Quem percebe não demonstra
Quem demonstra não percebe
Que na fonte nada consta
Só a água que se bebe

Quando pensa-se o futuro
Se esquece do presente
Anda sempre no escuro
Busca a luz que não se acende

Escrituras do passado, verdades incovenientes
Só um monte de palavras
Quase nunca convincentes...

O fim

Chegou a hora de morrer
Sentir seu infinito sono
Mas não do pó ao pó
Do carbono ao carbono

Chegou a hora de morrer
E esquecer os seus problemas
Não precisar mais fugir
Dessa vidinha tão pequena

Tantas noites mal dormidas pensando na vida
Tentando encontrar alguma solução
Me sinto tão triste quando olho pra trás
Muitos esperavam de nós um futuro melhor
Não uma maldição

De olhos fechados escuta a voz
Que insiste em dizer que o podre somos nós
Mas você não, pretende aceitar
Olha ao seu redor: violência e pobreza
Mas em seu jantar tem até sobremesa
E você não, irá compartilhar
Se a humanidade quer paz e amor
Por que cultivar o ódio e o rancor
No coração...
Minha ilusão, pensar que existe algo a fazer...

Terá a evolução fracassado?
E deixado viver quem deveria se extinguir
Os ditos filhos de deus trabalham para o diabo
Criaturas criadas para destruir
Venceu o pior nesses milhões de anos
E por nossa culpa todos deixarão de existir
Não é tarde pra sermos humanos
Mas é tarde pra chorar
É tarde pra sorrir...

Chegou a hora de morrer
Sentir seu infinito sono
Mas não do pó ao pó
Do carbono ao carbono

Chegou a hora de morrer
E esquecer de ir a missa
Pois não precisar mais fingir
Aproveite sua preguiça!

Macacos Gordos

No meio de macacos, macacos sabem pensar
Primatas inteligentes capazes de criar
Coisas tão interessantes pra qualquer símio pensante
Seja fora, seja dentro desse mundo insignificante

São símios neandhertais que não querem evoluir
Na mesma linha egoísta que se formou até aqui
Não querem se misturar, só querem ter o que falar
Pois enquanto houver injustiça eles vão ter que reclamar

Preocupados com o futuro...talvez não valha tanto a pena
Pois se resolve um infortúnio... A frente há mais um problema
O livre é preso, o preso é livre, não existe mais justiça
Pois em terra de gavião... Urubu vira carniça

Eles vão juntos sempre em frente procurando uma solução
Pois nesse mundo deprimente...

São "um" entre "um milhão" 4x

Planeta dos Macacos

Em um lugar fora do sistema solar
O infinito já não é tão difícil de alcançar
O poder nas mãos por meio da ciência
consciente, inteligente, produzindo experiências

Um macaco se perdeu na via do espaço e tempo
Onde será que ele está...
Um planeta onde símios mandam há todo momento
Ou será o mesmo lugar...

Um planeta estranho por macacos comandado
Humanos escravizados sempre muito bem vigiados
Ele sentiu em sua pele toda escravização
Nele brotou um sentimento idéia de libertação

Charlton Heston você não está sozinho
Não só seu muro foi pixado olhe para seu vizinho
Vocês estão condenados aprisionados como escravos
Vivendo em um planeta a "terra dos alienados"
Vivendo em um planeta o "Planeta dos Macacos"

Metamorfose

Barriga pra cima e as pernas para o ar
Tantos esforço fazia, não conseguia se virar
Havia ser transformado em uma coisa muito estranha
E ele iria perder tudo, fosse barata ou fosse aranha

Então sua voz começou a se diferir
De qualquer coisa audível possivel de se distinguir
Todos seus temores pra ninguém tem importância
Não se considera um sortudo pela falta de esperança

Se eu sou um astronauta e você uma lasanha
Meu medo é seu medo mas você estranha
Se te aponto o dedo voce não me queima
Mas se outro o faz...

Tanto faz, nesse mundo nada é perfeito
Mero cidadão ou filho de prefeito
Todos cagando e respirando gás
É a metamorfose que nos faz iguais.

E agora?

Já te falei dos meus problemas, minha ilusão quanto a vida
Já queimei o presidente e a sociedade corrompida
E agora?

Com o Tony fui um idiota com a Bety uma prostituta
Não quis ser um indigente ganhei uma esclerose multipla
E agora?

E agora, e agora, e agora??
Tudo que até então foi dito não foi tão bonito, nem nunca vai ser
O amor é o seu pirulito e abafa seu grito,
De Revolução!!!

Te disse que a religião te impede de ser você
Já idolatrei a razão plantei a semente do saber
E agora?

Acabei com meus sedativos para te fazer sorrir
Eu dancei com meus inimigos, eu vi o rei roubar e fugir
Mas e agora?
E agora, e agora, e agora??

Tudo que até então foi dito será um dia ouvido? ou nunca vai ser
A verdade não é uma ilusão, é a corrupção, é a falsa ressurreição
é o poder sem o amor, não é sorte é o azar, é o mingau sem fubá
E agora, e agora, e agora??